domingo, janeiro 29, 2006

Plugins, tags e extensões

Uma das maneiras recentes mais legais de se catalogar informação é usar tags que podem ser livremente criadas pelos usuários (exemplos: aqui, aqui, aqui e aqui). Tags são um dos destaques, a meu ver, um dos mais interessantes, do que se convencionou chamar de web 2.0. Antes, o que havia era um conjunto de categorias (exemplos aqui e aqui), na maior parte das vezes hierárquicas, criadas por algum administrador da vida e vc precisava, mesmo a contragosto, usar algum ponto da hierarquia. Com tags não. Agora vc categoriza, ou melhor rotula, a informação de acordo com a sua percepção sobre ela. E o melhor, pode compartilhar da percepção que as outras pessoas têm, tanto as que coincidem com as suas quanto as que não. Enfim, tags são um desenvolvimento porque agora as pessoas podem criar as classificações segundo as suas necessidades e vontades.

Vejo isso em arquiteturas que permitem o uso de plugins/extensões também. Agora eu não uso apenas software exatamente como ele vem - out-of-the-box - posso eu mesmo criar extensões de acordo com necessidades bastante particulares. Dos softwares que já usei, um dos primeiros, ao menos que eu me lembre, com esse tipo de funcionalidade era o Winamp. Agora, para mim, um dos melhores exemplos é o Firefox, o tal browser que incomoda a liderança menos folgada do Internet Explorer. E das tantas - e úteis - extensões para o Firefox, uma que me chama a atenção ainda mais é o Greasemonkey porque leva adiante o conceito de extensão. Vejo o Greasemonkey praticamente como uma extensão que permite criar extensões.

É uma daquelas sacadas bem geniais e, como boa parte das idéias geniais, se baseia em um conceito simples: que tal alterar as paginas que vc usa com freqüência? Colocar os links que vc mais usa e não aparecem de imediato, botões para ações comuns, remover partes da pagina que vc não usa, mudar o tamanho das letras, remover propagandas inconvenientes, enfim, o que fazer fica a seu critério. Isso tudo com scripts escritos em JavaScript (se vc for um programador, clique aqui), o bom conceito de se manter compatível com o que já existe. O tal do Greasemonkey é bom ao ponto de mudar minha visão preconceituosa sobre JavaScript - depois de Ruby a linguagem que mais desperta minha curiosidade, para ir alem de apenas validar formularios ou outras funcionalidades mais simples. Mas isso é outra história, preciso criar coragem para começar a escrever um post sobre APIs para daqui a pouco.

valeuz...